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Indulgência Plenária no Santuário Frei Galvão

De 8 de dezembro de 2023 a 2 de fevereiro de 2024, em todas as igrejas franciscanas, será concedida Indulgência plenária por ocasião dos 800 anos do “Natal de Greccio”. Sendo assim, anunciamos a todos os fiéis que o Santuário Frei Galvão será um local para lucrar a Indulgência plenária. Visite a porta da humildade, local onde há a cena do Presépio.

Notícias do Santuário

28.10.2023 - 08:57:00 | 11 minutos

Indulgência Plenária no Santuário Frei Galvão

Por ocasião do 800° aniversário do “Natal de Greccio” (São Francisco compõe/ recria a cena do nascimento de Jesus, na cidade de Greccio, Itália)  a Penitenciaria Apostólica (Vaticano) concedeu indulgência plenária a todos os fiéis que, a partir do dia 8 de dezembro de 2023 (Solenidade da Imaculada Conceição) até 2 de fevereiro de 2024 (Festa da Apresentação de Nosso Senhor Jesus Cristo) visitarem uma igreja franciscana. O Santo padre concedeu tal privilégio somente às igrejas franciscanas.

Segue o pedido feito pela Conferência Franciscana, nas pessoas dos superiores das Ordens Franciscanas: 

“Dentro do Centenário, no dia 17 de abril de 2023, nós enviamos ao Santo Padre o seguinte pedido: ‘com o fim de promover a renovação espiritual dos fiéis e incrementar a vida de graça, pedimos que do dia 8 de dezembro de 2023, Solenidade da Imaculada Conceição da Bem-aventurada Virgem Maria, até o dia 2 de fevereiro de 2024, Festa da Apresentação do Senhor, que todos aqueles que visitem alguma das igrejas que pertencem à família franciscana de todo o mundo e que por um momento permaneçam em oração diante de um presépio, que possam lucrar a Indulgência plenária seguindo as habituais condições. Assim como também aqueles que estão enfermos ou impossibilitados fisicamente, possam igualmente usufruir do dom da Indulgência plenária, oferecendo os seus sofrimentos ao Senhor ou cumprindo práticas de piedade”.

A Penitenciaria Apostólica respondeu de maneira positiva à solicitação da Conferência da Família Franciscana. Portanto, em todas as igrejas confiadas aos franciscanos, será possível lucrar a Indulgência plenária por parte de todos os fiéis, seguindo as habituais circunstâncias. 

Sendo assim, anunciamos que o Santuário Frei Galvão será um local para lucrar a Indulgência plenária, desde que cumpridas as determinações canônicas. 

O que são as indulgências?
A Igreja é portadora da graça de Deus para perdoar os pecados e conceder aos fiéis a indulgência parcial ou plenária.

Segundo o Catecismo da Igreja Católica (CIC n.1471), indulgência “é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa (remissão)”, ou seja, já perdoados na confissão sacramental. A indulgência serve para apagar parcial ou totalmente os resquícios do mal cometido, pois é necessário estar totalmente puro e santo para chegar ao Céu. Ganha-se/lucra-se uma indulgência por dia.

As indulgências são para quem?
Você pode adquirir indulgências para si ou para um defunto, mas ela não pode ser aplicada a outras pessoas vivas.

Como ganhar a indulgência plenária?
1. Confessar-se ou estar em estado de graça (se for o caso buscar a confissão na semana);
2. Ir até uma Igreja franciscana e rezar diante da cena do presépio (em nosso caso, passar pela porta humildade e se colocar frente a relíquia de Belém); 
3. Participar da Eucaristia;
4. Rezar o “Creio” (Profissão de Fé) e rezar um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e um Glória ao Pai pelo Papa e pelas intenções que ele traz no coração, para o bem da Igreja e do mundo inteiro; 

Belém é aqui, mas é preciso humildade para experimentá-la

Em Belém, a 10 km de Jerusalém, encontra-se a Basílica da Natividade, construída no ano de 334 d.C, supostamente sobre a gruta onde Jesus nasceu. Para entrar na Basílica, é preciso se curvar e passar por uma pequena porta de 1,20 m de altura. Essa entrada chama-se Porta da Humildade.

Os devotos e turistas que chegam ao Santuário Frei Galvão, em Guaratinguetá - SP, após acolhida por parte dos religiosos, são convidados a acessarem este local, passando pela pequena porta (1,20). Para entrarem, devem curvar-se e dirigir-se até o local do nascimento. Chegando, verão um menino de braços abertos acolhendo quem adentra. Acima, a pequena relíquia à vista, e possível de ser tocada. Depois de realizada a experiência, a pessoa deverá sair pela mesma porta. Mais uma vez, rebaixando-se e saindo. Agora mais humilde. 


A Sagrada Escritura recorda-nos a humildade: “Os humildes verão a Deus... Deus escuta a prece dos humildes... Deus elevou os humildes e derrubou dos tronos os poderosos…Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostraram-se diante dele e o adoraram. ”. Portanto, quem chegar neste local é preciso curvar-se. Curvar-se é uma atitude de humildade. A palavra humildade vem do latim e quer dizer “colocar o rosto perto do chão”. A pequena porta da Humildade, no Santuário Frei Galvão, nos faz reviver como foi o nascimento de Jesus, que, humildemente, veio para servir e não para ser servido.


O que é a porta da humildade? 

Neste ano de 2023 os franciscanos celebram 800 anos que São Francisco recriou a cena da encarnação, isto é, o Presépio. No ano de 1223, na cidade de Greccio (Itália), o Poverello de Assis reuniu os frades, os animais, homens e mulheres e um recém nascido, para ver, sentir e escutar como o Deus se fez presente por entre as palhas, sujeitando-se às misérias das criaturas. A partir desse fato, os cristão passaram a representar o nascimento de Nosso Senhor das mais diversas formas, ou seja, o Presépio. Motivados por essa temática, o Santuário Frei Galvão criou um espaço com a relíquia da gruta de Belém e a réplica da porta da humildade.  

No dia 7 de outubro, com a reinauguração da capela do Santíssimo, foi criado um local de memória do nascimento do Deus encarnado. O espaço tem cerca de  3,70 X 4,25 metros quadrados. O conjunto é composto pela porta da humildade, um pequeno acesso com cerca de 1,20 metros de altura. Nesse espaço, existe um grande turíbulo, imitando o turíbulo do Santuário de Santiago de Compostela, Espanha, que fica acima, fixado no teto. No local, está também a imagem do Deus menino, deitado nas palhas, em cima de duas enormes pedras. E, por fim, uma pequena pedra extraída da gruta onde nasceu Jesus Cristo. Portanto, uma relíquia autêntica vinda diretamente da Terra Santa. 


Oração a ser rezada diante do presépio 

Menino das palhas, Menino Jesus,
Menino de Maria, aqui estou diante de ti.
Tu vieste de mansinho, na calada da noite,
no silêncio das coisas que não fazem ruído.
Tu é o Menino amável e santíssimo,
deitado nas palhas porque não havia lugar
para ti nas casas dos homens
tão ocupados e tão cheios de si.

Dá a meus lábios a doçura do mel
e à minha voz o brilho do cantar da cotovia,
para dizer que vieste encher de sentido
os dias de minha vida.

Não estou mais só: tu és o nosso companheiro
de minha vida. Tu choras as minhas lágrimas
e tu te alegras com minhas alegrias
porque tu és meu irmão.

Tu vieste te instalar feito um posseiro
dentro de mim e não quero que teu lugar
seja ocupado pelo egoísmo que me mata
e me aniquila, pelo orgulho que sobe à cabeça,
pelo desespero.

Sei, Menino de Maria, que a partir de agora,
não há mais razão para desesperar
porque Deus grande, belo,
Deus magnífico e altíssimo
se tornou meu irmão.

Santa Maria, Mãe do Senhor e Palácio de Deus,
tu estás perto do Menino que envolves
em paninhos quentes.

José, bom José, carpinteiro de mãos duras,
e guarda de meu Menino das Palhas,
protege esse Deus que se tornou
mendigo de nosso amor.

Menino Jesus,
Hoje é festa de claridade e dia de luz.
Tu nasceste para os homens na terra de Belém.


“Natal de Greccio” vivido por São Francisco de Assis

Vamos conhecer um pouco dessa História segundo as fontes franciscanas, como Francisco colocou o Menino nas palhas, entre o boi e o jumento? Consideremos o que diz Tomás de Celano, no seu Primeiro Livro (Fontes Franciscanas): 

Sua maior intenção, seu desejo principal e plano supremo era observar o Evangelho em tudo e por tudo, imitando com perfeição, atenção, esforço, dedicação e fervor os “passos de Nosso Senhor Jesus Cristo no seguimento de sua doutrina”. Estava sempre meditando em suas palavras e recordava seus atos com muita inteligência. Gostava tanto de lembrar a humildade de sua encarnação e o amor de sua paixão, que nem queria pensar em outras coisas.

Precisamos recordar com todo respeito e admiração o que fez no dia de Natal, no povoado de Greccio, três anos antes de sua gloriosa morte. Havia nesse lugar um homem chamado João, de boa fama e vida ainda melhor, a quem São Francisco tinha especial amizade porque, sendo muito nobre e honrado em sua terra, desprezava a nobreza humana para seguir a nobreza de espírito. Uns quinze dias antes do Natal, São Francisco mandou chamá-lo, como costumava, e disse: “Se você quiser que nós celebremos o Natal de Greccio, é bom começar a preparar diligentemente e desde já o que vou dizer. Quero lembrar o menino que nasceu em Belém, os apertos que passou, como foi posto num presépio, e ver com os próprios olhos como ficou em cima da palha, entre o boi e o burro”. Ouvindo isso, o homem bom e fiel correu imediatamente e preparou o que o santo tinha dito, no lugar indicado.


Aproximou-se o dia da alegria e chegou o tempo da exultação. De muitos lugares foram chamados os irmãos: homens e mulheres do lugar, de acordo com suas posses, prepararam cheios de alegria tochas e archotes para iluminar a noite que tinha iluminado todos os dias e anos com sua brilhante estrela. Por fim, chegou o santo e, vendo tudo preparado, ficou satisfeito. Fizeram um presépio, trouxeram palha, um boi e um burro. Greccio tornou-se uma nova Belém, honrando a simplicidade, louvando a pobreza e recomendando a humildade.

A noite ficou iluminada como o dia e estava deliciosa para os homens e para os animais. O povo foi chegando e se alegrou com o mistério renovado em sua alegria toda nova. O bosque ressoava com as vozes que ecoavam nos morros. Os frades cantavam, dando os devidos louvores ao Senhor e a noite inteira se rejubilava. O santo parou diante do presépio e suspirou, cheio de piedade e de alegria. A missa foi celebrada ali mesmo no presépio, e o sacerdote que a celebrou sentiu uma piedade que jamais experimentara até então.

O santo vestiu dalmática, porque era diácono, e cantou com voz sonora o santo Evangelho. De fato, era “uma voz forte, doce, clara e sonora”, convidando a todos às alegrias eternas. Depois pregou ao povo presente, dizendo coisas maravilhosas sobre o nascimento do Rei pobre e sobre a pequena cidade de Belém. Muitas vezes,- quando queria chamar o Cristo* de Jesus, chamava-o também com muito amor de “menino de Belém”, e pronunciava a palavra “Belém” como o balido de uma ovelha, enchendo a boca com a voz e mais ainda com a doce afeição. Também estalava a língua quando falava “menino de Belém” ou “Jesus”, saboreando a doçura dessas palavras.

Multiplicaram-se nesse lugar os favores do Todo-Poderoso, e um homem de virtude teve uma visão admirável. Pareceu-lhe ver deitado no presépio um bebê dormindo, que acordou quando o santo chegou perto. E essa visão veio muito a propósito, porque o menino Jesus estava de fato dormindo no esquecimento de muitos corações, nos quais, por sua graça e por intermédio de São Francisco, ele ressuscitou e deixou a marca de sua lembrança. Quando terminou a vigília solene, todos voltaram contentes para casa.

Guardaram a palha usada no presépio para que o Senhor curasse os animais, da mesma maneira que tinha multiplicado sua santa misericórdia. De fato, muitos animais que padeciam das mais diversas doenças naquela região comeram daquela palha e tiveram um resultado feliz. Da mesma sorte, homens e mulheres conseguiram a cura das mais variadas doenças.

O lugar do presépio foi consagrado a um templo do Senhor e no próprio lugar da manjedoura construíram um altar em honra de nosso pai Francisco e dedicaram uma igreja, para que, onde os animais já tinham comido o feno, passassem os homens a se alimentar, para salvação do corpo e da alma, com a carne do cordeiro imaculado e não contaminado, Jesus Cristo Nosso Senhor, que se ofereceu por nós com todo o seu inefável amor e vive com o Pai e o Espírito Santo eternamente glorioso por todos os séculos dos séculos. Amém. Aleluia, Aleluia.


“São Francisco desejou recordar o nascimento do Senhor, iniciando com um presépio, para chegar à celebração eucarística, onde Jesus Cristo se faz presente no Pão e no Vinho”.





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