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Consagração de Frei Galvão à Imaculada Conceição

No dia 9 de novembro de 1766 Frei Antônio de Sant’ Anna Galvão escreveu sua carta de consagração à Virgem Imaculada. Neste voto privado a maior declaração de amor e pertença à Maria. O frade franciscano declara sua submissão total à Mãe de Jesus.

Hagiografia & Espiritualidade

03.11.2023 - 14:31:00 | 4 minutos

Consagração de Frei Galvão à Imaculada Conceição

Aos 16 de abril de 1761 Frei Galvão fez a sua profissão solene e o juramento, segundo o uso dos Franciscanos, de se empenhar na defesa da Imaculada Conceição de Nossa Senhora. Era costume de todos os candidatos ao professar os votos de pobreza, obediência e castidade na Ordem dos Frades Menores (OFM), trazer em sua vida a missão de defender a teologia acerca da concepção da Virgem Maria. Maria em seu nascimento e vida foi preservada de toda a mancha de pecado por causa de Jesus Cristo. Recordemos que o dogma da Imaculada Conceição sé será proclamado em 1854, pelo Papa Pio IX. Este costume precedeu a fala oficial da Igreja em relação ao dogma da Imaculada, mas os franciscanos se empenharam nessa missão a partir de Duns Scotus (beato franciscano do século XIV).

Um ano depois da profissão religiosa, Frei Antônio foi admitido à ordenação sacerdotal aos 11 de julho de 1762. Transferido para a cidade de São Paulo, ele dará mais um passo na missão imaculista. Expresará essa defesa de amor à Virgem numa cédula de escravidão assinada com o seu próprio sangue. 

Sua maturidade espiritual franciscano-mariana teve expressão máxima nessa “entrega a Maria”, como o seu “filho e escravo perpétuo”. Profundo devoto de Nossa Senhora, no dia 9 de novembro de 1766, Frei Galvão escreveu a sua Carta de Consagração. Eis o trecho da cédula manuscrita por Frei Galvão, conservada no Mosteiro da Luz: 

"Entrego-me por filho e perpétuo escravo da Virgem Santíssima,
minha Senhora, com a doação livre,
pura e perfeita de minha pessoa,
para que de mim disponha conforme sua vontade,
gosto e beneplácito, como verdadeira mãe e senhora minha.
E vós, Soberana Princesa, dignai-vos de aceitar esta minha pessoa.
Não duvideis em admitir ao vosso serviço a este vil servo.
Nas vossas piedosíssimas mãos entrego meu corpo, alma, coração,
entendimento, vontade e todos os mais sentidos,
porque de hoje em diante corro por vossa conta e todo sou vosso.
Em meu coração arda sempre o fogo da vossa piedade
e esteja sempre mais aceso para desejar o que for mais justo,
mais puro e mais perfeito das virtudes.
Eu vos ofereço todos os meus pensamentos,
palavras e obras, e tudo o mais meritório que
fizer e indulgências que ganhar,
para que apresenteis junto com os vossos merecimentos a vosso Filho Santíssimo,
dispondo vós de todos eles conforme for a vossa vontade,
e se for do vosso agrado."


Ele deitou naquela cédula suas palavras de afeto e comprometimento com a Virgem Maria e seu Filho. Ao final dessa consagração o ato de profunda radicalidade: o santo retira sangue de seu peito -  e imaginemos do lado do seu coração - com uma caneta bico de pena embebida de seu sangue assina sua total entrega: “Frei Antônio de Sant’Anna Galvão, OFM”. Esse será o seu maior distintivo ao longo de seu ministério e encontra sua expressão máxima na “Filial entrega a Maria Santíssima, sua Senhora, digna Mãe e Advogada” como “filho e perpétuo escravo” (Palavras de Frei Galvão). 

Este fato ocorreu no Convento São Francisco (São Paulo - SP), no período em que o franciscano estudava filosofia e teologia. Nessa época ele era um jovem sacerdote com apenas 27 anos de idade.  Ele que jurou defender a Imaculada Conceição e mais tarde fundou o Mosteiro de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, será sempre filho devotado e submisso a Maria. 

Frei Galvão é um escravo daquela que se tornou escrava nas mãos do seu Senhor. Que aprendamos com São Frei Galvão ser um verdadeiro devoto de Nossa Senhora. Que nessa entrega sincera e piedosa à Mãe de Jesus, façamos o firme propósito de segui-La até o fim de nossas vidas. Íntimos a Virgem Santíssima, façamos escolhas puras e honestas como sempre fez e viveu a Mãe de Jesus Cristo.  

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