A virtude da caridade no lar

O que fez com frade menor, tem como inspiração naquilo que aprendeu de seus pais., inclinados a caridade. Isso só prova que, se os valores evangélicos forem cultivados desde cedo, na vida adulta brotarão os mais belos frutos.

Uma família atenta à vivência das virtudes cristãs em hipótese alguma se esquece dos mais empobrecidos. A caridade é uma das experiências que encaminha o fiel para as coisas do alto. Caridade não é sentimento, é serviço. Não há santo que não tenha vivido sua vocação pautada no serviço da caridade. 

O pequeno Antônio viu muitas vezes seus pais envolvidos no atendimento às pessoas mais vulneráveis. Dona Isabel e o Sr. Antônio eram modelos de benevolência. Segundo Maristela, “De Dona Isabel é sabido que, antes de falecer, distribuiu toda a sua roupa para os pobres, o que indica seu particular amor pelos necessitados, socorrendo-os com grande generosidade”. Não poderia ser diferente. Ambos eram membros da Ordem Franciscana Secular. 

Quando criança, o pequeno Galvão era inclinado e disposto para o mesmo serviço. Seus pais estimulavam-no a dar esmolas aos empobrecidos quando batiam à porta de sua casa. Certo dia, não sabendo o que dar a uma senhora que viera implorar-lhe a caridade, Antônio num ímpeto de solidariedade oferece-lhe uma linda toalha que havia em sua casa. Muito agradecida a levou, mas depois inquietou-se-lhe a consciência, pensando que certamente não estaria a vontade de Dona Isabel dispor de tão rica alfaia como esmola. Contudo, esta pessoa contemplada pela espontânea bondade do menino Antônio, volta para a casa da Senhora Isabel na intenção de devolver a esmola recebida. Ao encontrar a mãe do santo e relatar o ocorrido, acaba sendo surpreendida. Dona Isabel disse: “Meu filho a deu, está bem dada”.  

Este simples gesto revela o total desprendimento e generosidade de coração desta família que só poderia ter como filho um santo franciscano. Os sentimentos profundamente cristãos e caritativos eram ordinários no lar da família.